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O riso é final
Gargalhadas aos montes são dadas com sua cara pintada
Muitos têm medo...
Outros mostram o brilho no olhar ao ver suas façanhas
Ele traz brilho, traz magia
Traz consigo a realidade imaginária oculta em quem o vê
É grande, espalhafatoso, singelo
É o palhaço
...
Por cima de sua cabeça lá está ele
Pulando e rodando no ar
Sempre atento ao colorido que emana do chão
Feliz
Alegre por amar
Amar o grande, o espalhafatoso, o singelo
O palhaço
...
Ao ver seus rodopios se enche mais de luz
O show nunca acaba pros dois
O amor só aumenta
O palhaço e o acrobata
Separados pela distância
Separados pelas diferenças
Mas unidos pelo amor
...
Ele nunca desce ao chão
E o palhaço nunca sobe ao trapézio
Mas ao fecharem os olhos
Encontram-se envoltos em um só corpo
Em uma só risada
Em uma só acrobacia
Em só sentimento
Yuri Rabelo
O impulso persegue e o desejo constante pecador atormenta meu pensar
Tira e põe, mistura-se tudo.
...
A deficiência está nos olhos de quem recrimina
Quem pré-conceitua
Falsos julgamentos não têm grande importância
Ainda mais quando se faz daquele momento especial
...
Embriagado pela vida e pelos problemas
Tatto já não se importa em quais caminhos penetra
Na verdade fica difícil distinguir a grandeza do perigo
Alice permanece em seus sonhos mais depravadas
Tieta o encanta em seus pensares apaixonados
Enquanto esse duelo não termina
Ele se aventura por caminhos mais escuros
Descobre pecados mais prazerosos
E irradia sexo em seus poros
...
Porém a vida o chama num canto
Fantasmas passados voltam a lhe procurar
E ele não sabe se pode resistir.
Escondo-me do medo
Sinto o chegando, tomando-me pela frente
Já não há mais saídas
O segredo foi revelado
O amor corrompido
A rosa perdeu seu perfume
E a pedra assola o caminhar
Distância separa o sentimento único
Dois corações perdidos na história
Machucaram
Mentiram
Mistificaram
Morreram
Murmuraram
Só lembro-me agora do traço metálico preso em sua língua
Do cabelo sem pentear
Das viagens pra destinos desconhecidos
Dos olhos virgens
Dá saudade das inúmeras tentativas pra tentar dar certo
Mas já não importa
O pecado renasce
A lascívia multiplica-se
O desejo constante por buscas novas está latente
Paro. Nego todo o segundo de história
Afinal mal interpretadas elas são
Corruptas.
Pessoas não dignas dizem coisas não dignas
Ofendem.
Arranco-lhe de dentro
E somente me sobra
O prazer de fazer mais sexo intenso
Yuri Rabelo
As duas adormecem em minhas memórias.
As lembranças dos beijos agora descansam em meu pensar
Lembro-me dos beijos fulminantes
Das noites de pecado
Do suor e da saliva
Do GHB e da maconha
Do Offer e Maya
Tudo se mistura e descansa
Meus olhos começam agora a brilhar diferentes
Sentem-se como faróis que brilham no escuro
São fluorescentes
Sorridentes
Encantadores
Verdes
Tristes por pensarem que a dualidade estava distante da sua vida
Que suas paixões, antes obscenas, agora fraternais.
Os verdes olhos ao olharem pra trás
Ainda sentiam todos os prazeres daquela perdição...
yuri rabelo
As duas adormecem em minhas memórias.
As lembranças dos beijos agora descansam em meu pensar
Lembro-me dos beijos fulminantes
Das noites de pecado
Do suor e da saliva
Do GHB e da maconha
Do Offer e Maya
Tudo se mistura e descansa
Meus olhos começam agora a brilhar diferentes
Sentem-se como faróis que brilham no escuro
São fluorescentes
Sorridentes
Encantadores
Verdes
Tristes por pensarem que a dualidade estava distante da sua vida
Que suas paixões, antes obscenas, agora fraternais.
Os verdes olhos ao olharem pra trás
Ainda sentiam todos os prazeres daquela perdição...
yuri rabelo
Pé ante pé. Tira e excita. Strip-tease. Leia-se. A provocação do escuro e das luzes.
Despida ao desatino. Intimo destino, servir com o corpo para queimar o desejo.
Proposta desproposta da minha dança. Minha identidade. Desnecessária.
Anonimato. Prefiro ser chamada de Alice.
No mastro, enquanto danço, meu corpo fala:
-... “Sou mulher da noite”! Quero uma cama pra deitar, e um drink pra beber.
“Se quiser me ver despida, me ame...”
Tattu entra. Eu o persigo com meus olhos.
Me coma, me beba, me puxe,me domine.!
É estava escrito nos meus quadris, essa era a leitura que ele tinha ao me ver.
Gingado perfeito, tesão certeiro,plano imperfeito.
Vestida de violeta, a cor da temperança, desço as escadas curtas, caminho em direção a ele.
-Oi Tattu!!!. Eu disse, ajeitando meus cabelos.
Oi Alice. Responde ele, procurando meus olhos.
A noite ergue um muro para me proteger. Como vivo atrás dele? Não sei.
Na infância eu fui tudo o que eu quis ser, mas não achei tudo que eu procurava.
Naquele emaranhado de sensações e lembranças, eu puxo Tattu para dançar.
-Venha! Me sinta!
Ele me prende em seus braços, se esfrega em mim, estava definitivamente seduzido, tomado pela musica, pela lascívia, pelo despudor.
O aroma se destaca com o suor que percorre nossos corpos enquanto dançamos.
Me beije, dizia meu corpo.
Desnecessário dizer que meus lábios pediam os dele.
Não posso e não devo ignorar o que meu corpo fala, mas diferente de todos que já seduzi, Tattu era diferente, eu precisaria estudar suas reticências, para não igualar ou buscar no passado beijos parecidos. Mas era para serem parecidos? Um dejavú talvez.
De certo modo, diferente das palavras que eu poderia dizer no seu ouvido, meu coração precisaria de um manual de instruções para lidar com tantas sensações, ou para exorcizar a dor de ser o que eu sou. Não... Não é fácil ser stripper.
Tattu abre os olhos depois do beijo, mas o vejo pensativo.
Olha como se me associa-se a alguém. Ele não diz nada.
Mas seus olhos procuram nos meus o ponto comum.
Puxo-o junto a mim e viro esse avesso do que ele pensa que eu sou.
Sem entrega. Sem desabafo.
Não quero fazer uso da razão. È necessário dizer que um beijo desnuda?
Se for pra ser frágil que seja onde eu sou forte, já dizia o lema de nós, as dançarinas.
Também não o desafio a me desvendar, seria admitir meu fascínio por ele.
Resisto ansiosa pra tirar meu olhar do dele, enquanto ele solta uma piscadela atrevida.
Borrifo meu perfume, solto seu corpo do meu, ascendo um cigarro, subo no palco.
Quem se importa?
Eu já estou no palco flertando com outro. Insuportavelmente obscena.
Nas horas vagas, eu sonho. Nas ocupadas, procuro Tattu.
Louca, depravada, contraditória, encarcerada. Mas me chame de Alice.
Carpediem (JT)
Perdida nas luzes claras, ora escuras. Trazia consigo toda luxúria cabível em um ser humano. Explodia pecado, fome, desejo e sedução.
Em seu vestido roxo, Alice apareceu. Movimentos ficam paralisados diante da figura que ela traz em suas sombras.
Lascívia, pudor, obsceno. Tudo se misturava e formava um antro de perdição e de prazer.
O medo dominava a princípio, minha cabeça girava. Em momentos antes desse encontro saciei minha vontade alucinógena, estava em outro mundo.
As luzes daquela boate fundiam-se e se encontravam só em mim.
Sentia meu sangue borbulhar ao som daquela batida frenética.
Ela se aproxima. “Oi Tattu”? “Oi Alice”, disse eu apavorado. Olhava profundamente em seus olhos e via as mais profundas sensações. Era clara a vontade louca que tinha de lhe beijar a boca, mas não o podia. Há pouco tempo naquele mesmo local me envolvi com uma linda plebéia, meus pensamento ainda eram fixos nela.
No entanto, Alice não me permitia isso. Também me olhava profundo, dançava ao meu redor como uma stripper, encostava suas partes nas minhas, me sentia um tanto estático vendo aqueles movimentos me seduzirem, estava hipnotizado.
Segurava delicadamente seu lado, não queria ser ríspido.
Por inúmeras vezes em suas voltas, Alice e seus lábios clamavam pelo encontro com os meus, mas estava segurando, algo me dizia que não era ainda o momento.
Enquanto aquelas luzes nos cortavam, girávamos num rodopio fissurado, e girávamos e girávamos.
Alice era uma mulher obscura, seu brilho se ofuscava com a sombra do seu passado. Era tenebroso, mas ao mesmo tempo era relaxante, prazeroso viajante.
Por um momento achava que tudo aquilo estava somente na minha cabeça, resultado de momentos nostálgicos e relaxantes, mas não.
Ao me sentar, ela se joga em mim. O impulso e o desejo foram tão grande que quase somos segurados pelo chão. O choque do beijo mostrou a todos que assistiam demasiadamente a cena o tamanho do prazer que nós dois sentiamos...
Aquilo então se mistura na minha cabeça. Aquele beijo mordaz e excitante me fazia lembrar uma pessoa. Uma pessoa que tinha o mesmo olhar, o mesmo sorriso, o mesmo beijo...
yuri rabelo