sábado, 24 de maio de 2008

Hoje é o dia

Hoje é dia de Maria
A Maria que nunca veio
Que ficou atrás da porta esperando a noite chegar

Enchi-me de poesia
Vi rostos, caras e bocas
Vi Maria assunta no céu

Hoje é dia de qualquer coisa
É dia de mar, sol e ventania
E samba também

É dia de todos nós santos
Nossos santos
Nossos heróis, e meus heróis

Que dia...
Hoje é dia beijo, de sexo e perversão
De bebida, drogas e tudo de baum

Hoje é meu dia
E pode ser o seu dia...
Também

Yuri Rabelo

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Aviso ao navegante escritor e leitor

"Hoje li você
Bebo o prazer de palavras ao vento
Tarde, trabalho e metrópole
Momento meu para lembrar
Lembrar de você e trazer à sua memória
O aviso de que não lhe é mais permitido alguns direitos
Como o de externar a prática do ilícito verde publicamente."

Esse foi apenas um dos poucos bem escritos que me alertam a respeito de tudo que ponho aqui.
Como a cabeça do ser humano é tão pequena e vazia de possibilidades. Não desmerecendo essa tão nobre escrita provinda do além, nunca, mas deixando em aberto que tudo é relativo.
Posso sim estar externando as minhas experiências, ou não...
Tenho tanta história de tanta gente que conheci em tantos lugares e em tantas dimensões que no meio dos meus tantos escritos, perco me ao tentar saber o que é a minha vida e o que não é.
Quantos a prática dos ilícitos, bem, toda história precisa de algo interessante, mesmo que isso seja mentira...

Sejam bem-vindos ao meu mundo e ao mundo de todos aqueles que suas histórias são aqui contadas. Somos todos fragmentos como numa louca viagem alucenógica...

Yuri Rabelo

domingo, 4 de maio de 2008

Me dê mais uma mão

Um bem- ti-vi cantando
Era bem. Começava uma manha meio tropical.
Com chuvas e arbustos balançando
Depois de uma noite turbada
Entre beijos e afagos me encontrei
Escrevo lento
Como o vento soprando devagar
Mas foi bom
Foi mágico
Foi perfeito.

Yuri Rabelo

sábado, 3 de maio de 2008

Pura nostalgia

Ao me lembrar daquilo que uma grande sábia minha professora uma vez disse: “recolha-se à sua insignificância!”
É um tanto doloroso, ou até mesmo engraçado, tudo depende de um ponto de vista, como outra sábia dizia: “depende do referencial.”
Nessas lembranças eu parei hoje à tarde e fiquei pensando em alguns passados. Ia e vinha entre um gole de cerveja e uma tragada num cigarro. Nada melhor que um bom sábado recheado de carne, cerveja e desilusões. Normal.
E nessas metódicas memórias, ilusório era aquilo que existia, e que só existia dentro de mim. Era um sonho.
E do nada apagaram um cigarro no meu braço e eu acordei.
Levantei como um veneno e me pus a dançar freneticamente. Era um alivio na verdade, pois não tinha nenhum analgésico a frente para que eu pudesse ingerir. Na verdade o que tinha era só um estimulante de ereção, mas eu não quis tomar, imaginei que ia ficar mais louco. E o foda seria depois, imagine eu de pau duro sem ninguém para comer????? Meio foda mesmo.
Mas aí passou. Fui embora, fumei minha maconha, matei minha larica e dormir. Dormir um sono dos deuses. Meu cabelo novo me atrapalhou um pouco, mas conseguir relaxar.
Agora vamos ver se meu telefone toca né? Não dá pra ligar para ninguém, está bloqueado e a noite nem começou ainda.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Dia do Trabalhador e seus reflexos.

Ontem coloquei uma marmitex no microondas, louco pra comer algo quentinho. Por três vezes eu repeti a mesma ação, pois toda vez que eu tirava o bagulho de lá, ele ainda estava frio. Foi quando aquelas mirabolantes idéias provindas do fluxo da madrugada misturadas com uma leve dose de analgésicos e álcool vêem à sua cabeça. Então, na quarta vez resolvi retirar o lacre de alumínio que fechava a minha guarnição. E bingo! Com trinta segundos eu tinha um suculento mexido quentinho esperando para ser devorado.
Só que aí eu percebi que não estava com fome. Deixei mesmo em cima da pia e me sucumbi ao sexo egoísta. Depois de prostrado, fumei um cigarro e relutei contra minha hipocondria, mas não deu certo. Tomei um calmante novo que inventaram aí e fui dormir.
A comida ficou lá, acho que o gato comeu.

Yuri Rabelo