domingo, 30 de dezembro de 2007

Ar Consumera


E ao menor movimento tudo se transforma
Agora meus sentidos foram aguçados
Não sei qual foi o remédio
Se foi cura ou veneno
Ou se foi a realidade me chamando num canto
Dizendo a mim que amor não machuca
Não trai e não afasta

Talvez esse sentimento nunca existiu
Talvez meus olhos foram cobertos pela magia
Ou pelo encanto

Ou talvez as lembranças só existam dentro de mim
Fruto de sonhos e da minha imaginação
Mostrando então que nada aconteceu de verdade

Encontrei-me com a garçonete
Ela me levou pro desconhecido
Gravei risos, beijos e abraços
Enquanto dançávamos uma pequena valsa
Seu cabelo se embaraçou
Ela sorrindo então me disse que isso tudo era muita intimidade

Já no meu quarto, senti um tornado vindo do ventilador
Analisava piamente cada segundo daquele som
Viajava! Voava feito vaga-lume
Foi então que entendi
Que o vento estava me beijando a boca
Como nunca beijou

Fechou meus olhos
Cobriu meu corpo
E me abraçou

Yuri Rabelo

Nenhum comentário: